La práctica de la amistad como insurrección a la biopolítica neoliberal
Resumen
Este artículo propone problematizar la práctica de la amistad en Michel Foucault como una pieza de resistencia al estilo de vida neoliberal. El texto se organiza a partir de las discusiones desarrolladas por Foucault en torno a la amistad como forma de vida y ejercicio político de resistencia frente al poder gubernamental, teniendo en cuenta las reflexiones sobre el neoliberalismo en el Nacimiento de la biopolítica. Se busca, entonces, en primer lugar, con ayuda de los comentaristas de la obra de Foucault, presentar el neoliberalismo y su principal placer: la competitividad. A continuación, abordamos la noción de amistad en Foucault en el marco del cuidado de sí y el epicureísmo, para luego discutir la amistad como práctica política y ejercicio de resistencia al neoliberalismo, como práctica ontológica sobre nosotros mismos, en oposición al emprendimiento de sí y a la competitividad del que adviene. Nuestras consideraciones finales enfatizan las invenciones y el arte de la existencia que ofrece la amistad.
Palabras clave
Michel Foucault, resistencia, neoliberalismo
Biografía del autor/a
Marcelo Vicentin
Pós-Doutirando em Educação pela Universidade São Francisco (USF)
Doutor e mestre em Educação pela Universidade São Francisco (USF).
Especialista em Mídias na Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Licenciado em Pedagogia (Unijá) e Língua Portuguesa (Teresa Martin) , Bacharel em Comunicação Social - Cinema (Faap).
Citas
- Ben, J. (1972). Domingo 23 [canción]. https://music.youtube.com/watch?v=3xXkxC4gkHA&feature=share.
- Blanchot, M. (1987). Foucault, como o imagino (M. S. Pereira e A. L. Faria, Trads.). Lisboa: Relógio D’água.
- Costa, J. F. (1999). Prefácio a título de diálogo. F. Ortega (Ed.), Amizade e estética da existência em Foucault
- (pp. 11-20). Rio de Janeiro: Graal.
- Dardot, P. e Laval, C. (2016). A nova razão do mundo (M. Echalar, Trad.). São Paulo: Boitempo.
- Epicuro. (2010). Máximas principais (J. Q. de Moraes, Trad.). São Paulo: Loyola.
- Foucault, M. (2008a). O que são as luzes? (E. Monteiro, Trad.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos II: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento (pp. 335-351). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2008b). Segurança, território, população (E. Brandão, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.
- Foucault, M. (201Foucault, M. (2010b). Da amizade como modo de vida (A. L. P. Pessoa, Trad.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos VI: repensar a política (pp. 348-353). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2010c). Nascimento da biopolítica (P. E. Duarte, Trad.). Lisboa: Edições 70.
- Foucault, M. (2012). O uso dos prazeres e as técnicas de si (E. Monteiro e I. Barbosa, Trads.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos, vol. V: ética, sexualidade, política (pp. 187-211). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2014a). Michel Foucault, uma entrevista: sexo, poder e a política de identidade (A. Chiquieri, Trad.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos, vol. IX: genealogia da ética, subjetividade e sexualidade (pp. 251-263). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2014b). Técnicas de si (A. Chiquieri, Trad.). M. B. Mottan (Ed.), Ditos e escritos IX: genealogia da ética, subjetividade e sexualidade (pp. 264-296). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2015a). Da natureza humana: justiça contra poder (L. Avellar, Trad.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos IV: estratégia, poder-saber (pp. 84-128). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Foucault, M. (2015b). A vida dos homens infames (L. Avellar, Trad.). M. B. Motta (Ed.), Ditos e escritos IV: estratégia, poder-saber (pp. 199-217). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
- Gros, F. (2008). O cuidado de si em Michel Foucault. M. Rago e A. VeigaNeto (Eds.), Figuras de Foucault (pp. 127-138). Belo Horizonte: Autêntica.
- Gros, F. (2011). Situação do curso (M. A. Fonseca e S. T. Muchail, Trads.). Foucault, M. A hermenêutica do sujeito (pp. 443-493). São Paulo: WMF Martins Fontes.
- Ionta, M. (2017). Das amizades femininas e feministas. S. Gallo e M. Rago (Eds.), Michel Foucault e as insurreições: é inútil revoltar-se? (pp. 375-385). São Paulo: CNPq / Capes / Fapesp / Intermeios.
- Larrosa, J. (2010). Sobre a lição: ou do ensinar e do aprender na amizade e na liberdade. A. Veiga-Neto (Ed.), Pedagogia profana: danças, piruetas e mascarados (pp. 139-146). Belo Horizonte: Autêntica.
- Lazzarato, M. (2012). La fabbrica dell’uomo indebitato: saggio sulla condizione neoliberista. Roma: DeriveApproddi.
- Lazzarato, M. (2017). O governo do homem endividado. São Paulo: N-1 Edições.
- Lipovetsky, G. (2011). Marcos de um itinerário intelectual (L. F. Sarmento, Trad.). G. Lipovetsky e S. Charles (Eds.), Tempos hipermodernos (pp. 107-129). Lisboa: Edições 70.
- Onfray, M. (2008). Contra-história da filosofia: as sabedorias antigas I (M. Stahel, Trad.). São Paulo: WMF Martins Fontes.
- Ortega, F. (1999). Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Graal.
- Ortega, F. (2000). Para uma política da amizade: Arendt, Derrida, Foucault. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
- Spinelli, M. (2011). Epicuro e o tema da amizade: a philía vinculada ao érôs da tradição cívico da pólis. Princípios: revista de filosofia, 18 (29), pp. 5-55. https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/1304