Ir al menú de navegación principal Ir al contenido principal Ir al pie de página del sitio

Comida de rua como cultura de R-existência: dos tabuleiros do século XVIII ao século XXI

Resumen

O objetivo deste artigo é relacionar a comida de rua ao conceito de «R-existência». Optou-se por apresentar uma breve trajetória da comida de rua no espaço urbano da Bahia. Após essa abordagem, discute-se a comida do lugar como R-existência na cozinha de rua das cidades de Ilhéus e Itabuna. Elegeramse para análise três elementos da culinária baiana, a saber, o mingau, o acarajé e a cocada. Utilizou-se como recurso metodológico a pesquisa bibliográfica, entrevistas com os(as) trabalhadores(as) da comida de rua e aos consumidores. O conceito de R-existência se aproxima da temática da comida de rua na medida que os trabalhadores permanecem na rua e, r-existem ao apagamento histórico de sua atividade. A R-existência na comida de rua se deve ao fato dessa alimentação estar alicerçada na identidade da cultura baiana, resultante da contribuição indígena, africana e portuguesa. Essa comida resguarda saberes e fazeres transmitidos de geração a geração, que consolidam sua R-existência a medida que não desaparecem com o tempo, mas se solidifica. 

 

Palabras clave

alimentos identitários, ancestralidade, saberes e fazeres, prática alimentar

XML PDF (PORTUGUÉS) (Português (Brasil))

Biografía del autor/a

Greiziene Araújo Queiroz

Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe, Mestra em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas e Especialista em Ensino de Geografia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, membro do Grupo de Pesquisa e Estudo sobre Alimentos e manifestações tradicionais. Últimas publicações: «Efeitos do lockdown na economia invisível da comida de rua», in Vulnerabilidades sociais em tempos de pandemia. 1ed, org. Luci Mara Bertoni, Willane de Fátima Vieira Batista y Janderson carneiro de Oliveira (Brasília: Technopolitik, 2022), 187-203. «Feira livre: tem alimento fresco, tem, mas tem comida também», in Geografia dos Alimentos: Territorialidades, identidades e valorização dos saberes e fazeres. 1ed, org. Sônia de Souza Mendonça Menezes, José Antônio Souza de Deus, Marcelo Cervo Chelotti y Alcides dos Santos Caldas (Aracaju: Criação, 2022) 65-78. A Geografia está na rua: em busca dos alimentos identitários (Aracaju: Criação, 2022) (Cartilha), todas as publicações em parceria com Sônia de S.M. Menezes. greiziene@gmail.com. https://orcid.org/0000-0003-1506-6259.

Sônia de Souza Mendonça Menezes

Estágio Pós-doutoral no Laboratório dos Estudos Territorias -Laboter, vinculado ao Instituto de Estudos Socioambientais - IESA na Universidade Federal de Goiás. Doutora e Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe. Professora Associada II do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe. Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudo sobre Alimentos e manifestações tradicionais. Últimas publicações: «Queijo nosso de cada dia: dimensões sociais e culturais na produção queijeira em Alagoas/Brasil», Ateliê geográfico, vol. 16, n° 3 (2022): 288-304, e «Sertão dos Currais: configurações produtivas da pecuária e das atividades agroalimentares do queijo coalho no Território da Bacia Leiteira/Alagoas», Campo.Território vol. 17, n° 48 (2022): 137-162 em parceria com Jósé Natan Gonçalves da Silva, e «Cultivo de alimentos nos quintais e a comercialização nos circuitos curtos», Revista Geonordeste vol. 2, (2022): 77-94, em parceria com Maria Geralda de Almeida. soniamenezes@academico.ufs.br. https://orcid.org/0000-0001-6072-771X.


Citas

  1. Bibliografía
  2. Entrevistas
  3. Dona Maria Augusta dos Santos. Entrevistada por Greiziene Araújo Queiroz. 10 de dezembro de 2021.
  4. Sr. Antônio Oliveira. Entrevistado por Greiziene Araújo Queiroz. 16 de dezembro de 2021.
  5. Dona Tereza Cristina Gomes. Entrevistada por Greiziene Araújo Queiroz. 05 de dezembro de 2021.
  6. Sr. Mário Altino Queiroz. Entrevistado por Greiziene Araújo Queiroz. 17 de janeiro de 2022.
  7. Dona Laís Ferreira. Entrevistado por Greiziene Araújo Queiroz. 17 de janeiro de 2022.
  8. Dona Carmem Lúcia Mendes. Entrevistado por Greiziene Araújo Queiroz. 17 de janeiro de 2022.
  9. Sr. Pedro Batista. Entrevistado por Greiziene Araújo Queiroz. 17 de janeiro de 2022.
  10. Referências
  11. Almeida, Vanessa Pereira de. «A Guerra tem rosto de mulher: as Caretas do Mingau! Narrativas da Independência da Bahia em Saubara». Dissertação de Mestrado apresentada ao Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB, 2017.
  12. Amado, Jorge. Bahia de todos os Santos: guia de ruas e mistérios. São Paulo: Martins, 1966.
  13. Amado, Jorge. Gabriela cravo e canela. Rio de Janeiro: Record, 1958.
  14. Arroyo, Mônica. «A economia invisível dos pequenos». In Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de produção: um diálogo com a teoria de Milton Santos, organizado por Aldo Dantas, Mônica Arroyo e Márcio Cataia.
  15. Natal: Sebo Vermelho, 2017.
  16. Borges, Florismar Menezes. «Acarajé: Tradição e Modernidade». Dissertação apresentada no curso de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia-UFBA, 2008.
  17. Brandão, Carlos Rodrigues. Plantar, colher e comer: um estudo sobre campesinato goiano. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1981.
  18. Caldeira, Regiane, e Bruna Mendes Fava. «Comida: uma contadora de histórias». VIII Seminário Nacional do Centro de Memória, Campinas, Universidade Estadual de Capinas, de 26 a 28 de julho de 2016. Acessado em 1 de julho de 2022. https://document.onl/documents/comida-uma-contadorade-historias-as-autoras-colocam-que-os-aspectos-culturais.html?page=1.
  19. Dos Santos, Carlos Roberto Antunes. «A alimentação e seu lugar na história:os tempos da memória gustativa». História: Questões & Debates, Curitiba, nº 42 (2005): 11-31. Acessado em 10 abr 2020. https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/4643/3797. DOI: https://doi.org/10.5380/his.v42i0.4643
  20. Carteado, Carmoly. «A doçaria na literatura e história no atlântico lusófono». X Encontro Estadual de História, Vitória da Conquista, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Acessado em 13 de junho de 2022. https://www.encontro2020.bahia.anpuh.org/resources/anais/19/anpuh-ba-eeh2020/1604344263_ARQUIVO_2cc5fd1c150118db710809a760d23acb.pdf.
  21. Carvalho, Philipe Murilo Santana de. Itabuna uma cidade em disputa: Tensões e conflitos urbanos no Sul da Bahia. São Paulo: Paco editorial, 2012.
  22. Cascudo, Liuz Câmara. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967.
  23. Dossiê do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN. Ofício das Baianas de acarajé. Brasília: IPHAN, 2007.
  24. Freyre, Gilberto. Açúcar: Uma sociologia do doce, com receitas de bolos e doces do Nordeste do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
  25. Gorender, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Expressão Popular Fundação Perseu Abramo, 1985.
  26. Graham, Richard. Alimentar a cidade: Das vendedoras de rua à reforma liberal Salvador, 1780-1860. São Paulo: Companhia das letras, 2013.
  27. Haesbaert, Rogério. «Da Desterritorialização À Multiterritorialidade». Boletim Gaúcho de Geografia, n° 29 (2003): 11-24. Acesso em 01 de julho de 2022. http://seer.ufrgs.br/bgg/article/view/38739/26249.
  28. Heidrich, Álvaro Luiz. «Territorialidades de exclusão e inclusão social». In Saberes e práticas na construção de sujeitos e espaços sociais, organizado por Nelson Rego, Jaqueline Moll e Carlos Aigner. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006.
  29. Lévi-Strauss, Claude. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac Naify, 2004. Lody, Raul. Coco: comida, cultura e patrimônio. São Paulo: Editora Senac, 2011.
  30. Lokschin, Fernando. «Baba de moça: açúcar, dolce vita, il doce far tutto». Revista Estilo Zaffari, n° 35 (2005): 82-84. Acesso em 13 de julho de 2022. https://issuu.com/entrelinhasconteudoeforma/docs/revista_estilo_zaffari_35.
  31. Menezes, Sônia de Sousa Mendonça. «Comida de ontem, comida de hoje. O que mudou na alimentação das comunidades tradicionais sertanejas?». OLAM Ciência e Tecnologia, nº 2 (2013): 31-58. Acesso em 3 de abril de 2019. http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/issue/view/951.
  32. Menezes, Sônia de Sousa Mendonça. «Alimentos identitários: uma reflexão para além da comida como cultura». Geonordeste, nº 2 (2013): 120-136. Acesso em 12 de abril de 2019. https://seer.ufs.br/index.php/geonordeste/article/view/1516.
  33. Menezes, Sônia de Sousa Mendonça. «Queijos e beijus tradicionais: da nostalgia a segurança alimentar». 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte de 03 a 06 de agosto de
  34. Acesso em 17 de maio de 2022. http://www.29rba.abant.org.br/resources/anais/1/1402014079_ARQUIVO_QUEIJOSEBEIJUSTRADICIONAIS.pdf.
  35. Montanari, Massimo. Comida como cultura. São Paulo: Senac, 2008.
  36. Pereira, Edir Augusto Dias, «Resistência descolonial: estratégias e táticas territoriais». Terra Livre, nº43 (2017): 17-55. Acessado em 23 fevereiro de 2022. https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/615.
  37. Ploeg, Jan Douwe Van Der. Camponeses e impérios alimentares: Lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: UFRGS, 2008.
  38. Pitte, Jean-Robert. «Nascimento e expansão dos restaurantes». In História da Alimentação, organizado por Jean Louis Flandrin e Massimo Montanari, intervalo de páginas. São Paulo: ESTAÇÃO LIBERDADE, 1998.
  39. Querino, Manoel. A arte culinária na Bahia. Salvador: livraria Progresso, 1957.
  40. Rocha, Lurdes Bertol. A região cacaueira da Bahia – dos coronéis à vassoura-de-bruxa:saga, percepção, representação. Ilhéus: Editus, 2008.
  41. Scott, James C. «Exploração normal, resistência normal». Revista Brasileira de Ciência Política, nº 5 (2011): 217-243. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-33522011000100009
  42. Acessado em 20 ago. 2022, https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/SYTfPQnDjn3vRSDJzghnnpd/?format=pdf&lang=pt.
  43. Sereno, Henrique Reis, Ryzia de Cássia Vieira Cardoso, e Alaíse Gil Guimarães. «O comércio e a segurança do acarajé e complementos: um estudo com vendedores treinados em boas práticas». Revista instituto Adolfo Luts, nº 70 (2011): 354-61. Acesso em 10 de fevereiro de 2022. https://docs.bvsalud.org/biblioref/ses-sp/2011/ses-23196/ses-23196-3100.pdf. DOI: https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32544
  44. Soares, Célia Moreira. «As Ganhadeiras: Mulher e resistência negra em Salvador no século XIX». Revista Afro Ásia, nº 17 (1996): 57-71. Acesso em 23 de maio de 2019. https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20856/13456. DOI: https://doi.org/10.9771/aa.v0i17.20856
  45. Vilhena, Luís dos Santos. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969.
  46. Woortmann, Ellen. «A comida como linguagem». Revista Eletrônica Habitus, nº 1 (2013): 5-17. Acesso em junho de 2019. http://www.ellenfwoortmann.pro.br/artigos/comidalinguagem.pdf.
  47. Woortmann, Klaas. «O sentido simbólico das práticas alimentares». In Gastronomia, cortes e recortes, organizado por Carla Maria Rodrigues Teneser e Wilma Maria Araujo, 1-32. Brasília: SENAC, 2006.
  48. WebSite
  49. G1 Bahia. «MP-BA recomenda reordenação de vendedores ambulantes no centro de Itabuna, no sul da BA; prefeitura tem prazo para organizar». Acesso em 03 de julho de 2022. https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2022/04/27/mp-ba-recomendareordenacao-de-vendedores-ambulantes-no-centro-deitabuna-prefeitura-tem-prazo-para-organizar.ghtml.
  50. Fundação Palmares. «Você conhece o acarajé?». Acesso em 17 março de 2022. https://www.palmares.gov.br/?p=43698#:~:text=A%20palavra%20acaraj%C3%A9%20se%20origina,Xang%C3%B4%20com%20sua%20esposa%20Ians%C3%A3.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.