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Contribuição dos imigrantes não-ibéricos para a vitivinicultura da Região Sul do Brasil: caso dos alemães

Resumen

O objetivo do presente artigo é analisar, reconhecer e resgatar o papel dos imigrantes europeus, com destaque para os alemães e italianos, no desenvolvimento da vitivinicultura brasileira, notadamente da Região Sul, reescrevendo sua narrativa histórica. Para alcançar essa proposta, optou-se, em primeiro lugar, por fazer uma análise histórica da presença dos germânicos, ressaltando aqueles que se dedicaram a essa atividade agroindustrial, localizando, geograficamente, as primeiras colônias e sua produção. Como metodologia foi analisado um referencial bibliográfico de literatura especializada, mapas, registros e pesquisas temáticas. Os alemães não empregaram mão de obra dos escravizados. Apesar de não terem continuidade e obtido o mesmo êxito dos italianos, verificou-se que, no Rio Grande do Sul, os germânicos implementaram a vitivinicultura desde o início de sua colonização, dando suporte e sendo solidários com os imigrantes italianos que chegaram ao Brasil, cinquenta anos depois, fornecendo-lhes o apoio logístico, ferramentas, pousada e mudas de diversas cepas. A imigração italiana foi o principal vetor da difusão e modernização da vitivinicultura brasileira, criando a única região consolidada: Serra Gaúcha. No entanto, o atual nível elevado de qualidade da produção de vinhos que alcançamos tem seus precedentes e precursores que precisam ser resgatados e valorizados.  Em segundo lugar, buscou-se fazer um levantamento das regiões vitivinicultoras tradicionais e as modernas de Santa Catarina, que receberam esses imigrantes, respectivamente, a IP Litoral Sul e a IP Planalto Catarinense. Com o processo de globalização é importante enfrentar os concorrentes, lutando pela criação de selos de Indicação Geográfica locais como estratégia de competitividade.

Palabras clave

terroir, vitivinicultura, imigração alemã, imigração italiana, indicação geográfica, região sul do Brasil

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