Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

O MÉTODO DAS COEXISTÊNCIAS NA RELAÇÃO UNIVERSIDADE-TERRITÓRIO

Resumo

Neste texto, a partir do objetivo de sintetizar algumas aprendizagens que tivemos ao longo de 25 anos sobre a pesquisa-ação realizada com procedimentos históricos (fases) e simultâneos, estamos refletindo sobre duas grandes questões teórico-metodológicas e políticas que consideramos fundamentais nas nossas pesquisas territoriais, a começar pelo debate colonialidade versus descolonialidade e hegemonia versus contra-hegemonia. Fizemos isto na primeira parte do texto, para orientar a reflexão sobre o que estamos chamando de método das coexistências, uma aprendizagem que tem se revelado essencial nos processos de pesquisa-ação-participativa, favorecendo uma integração entre a universidade e o território a favor de uma sociedade mais justa e ecológica.

Palavras-chave

Coexistência, colonialidade, descolonialidade, território, universidade

PDF (English)

Biografia do Autor

Marcos Aurelio Saquet

Doctor (Colegiado de Geografia) de la Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Profesor de la Universidad Estatal del Oeste de Paraná, Brasil e Investigador del CNPq. Integrante del NAPI Alimento y Territorio – Fundação Araucária, Paraná, Brasil


Referências

  • Amato, F. e Matarazzo, N. (2023). Spaces and practices of inclusive didactics: a territorial laboratory in Naples. J-Reading – Journal of Research and didactics in Geography, 1(12), 1-13. https://doi.org/10.4458/5970-06
  • Bonfá Neto, D. e Suzuki, J. (2023). Cartografía social participativa como metodología de investigación territorial: un estudio de caso en el Pacífico afrocolombiano. Perspectiva Geográfica, 28(1), 1-22. https://doi.org/10.19053/01233769.14529
  • Canevari, T. (2021). Disputas de sentidos y reconfiguración de lo social a partir de la inundación de 2013 en un barrio popular de La Plata. Comunicación, ciudad y procesos de transformación. Tese (Doutorado em Comunicación), Universidad Nacional de La Plata, Facultad de Periodismo y Comunicación Social.
  • Césaire, A. (2020 [1955]). Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta.
  • Coccia, E. (2022). Metamorfosi: siamo un’única, sola vita. Torino: Einaudi Editore.
  • Cox, Brian e Forshaw, Jeff. (2016). O universo quântico: tudo que pode acontecer realmente acontece. São Paulo: Editora Fundamento Educacional.
  • Dansero, E. et. al. (2019). Introduzione: verso politiche locali del cibo in Italia. In: Dansero, E. et. al. (Org.). Lo spazio delle politiche locali del cibo: temi, esperienze e prospettive. Torino: CELID, p. 11-24.
  • Dussel, E. (1980). Filosofia da libertação. São Paulo: Edições Loyola; Editora UNIMEP.
  • Dussel, E. (1986). Ética comunitária. Petrópolis, RJ: Vozes.
  • Dussel, E. (1997). Teologia da libertação. Um panorama do seu desenvolvimento. Petrópolis, RJ: Vozes.
  • Dussel, E. (2017 [1973]). Para una ética de la liberación latinoamericana – Tomo 1. México, DF: Siglo XXI Ed. https://doi.org/10.15359/77.1
  • Fals Borda, O. (1961). Campesinos de los Andes. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia.
  • Fals Borda, O. (2011 [1967]). Ciencia y compromiso: problemas metodológicos del libro La subversión en Colombia. Revista Colombiana de Sociología, 34(2), 169-180.
  • Fals Borda, O. (1979 [1968]). As revoluções inacabadas na América Latina (1809-1968). São Paulo: Global Editora.
  • Fals Borda, O. (1978). Por la praxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformarla. Simposio Mundial de Cartagena, Bogotá, Punta de Lanza, vol. 1, p. 209-249.
  • Fals Borda, O. (2015 [1979]). Cómo investigar la realidad para transformarla. In: MONCAYO, V. (Org.). Orlando Fals Borda – Una sociología sentipensante para America Latina. México, DF: Siglo XXI Ed.; Buenos Aires: CLACSO, p. 253-301.
  • Fals Borda, O. (2006 [1980]). Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação social. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense. p. 42-62.
  • Fals Borda, O. (1981). La ciencia y el pueblo: In: Grossi, F.; Gianotten, V.; Wit, T. (Org.). Investigación participativa y praxis rural. Lima: Mosca Azul, p. 19-47.
  • Fals Borda, O. (2008 [1999]). Orígenes universales y retos actuales de la IAP (Invetigación Acción Participativa), Peripecias, 110, 1-14.
  • Fals Borda, O. (2013 [2001]). Kaziyadu – registro del reciente despertar territorial en Colombia. In: Orlando Fals Borda – Socialismo raizal y el ordenamiento territorial. Bogotá: Editorial Desde Abajo, p. 137-218.
  • Fals Borda, O. (2013 [2007]). Hacia el socialismo raizal y otros escritos. In: Orlando Fals Borda – Socialismo raizal y el ordenamiento territorial. Bogotá: Editorial Desde Abajo, p. 35-136.
  • Fals Borda, O. y Mora-Osejo, L. (2013). La superación del eurocentrismo – manifiesto por la ciencia. In: Orlando Fals Borda – Socialismo raizal y el ordenamiento territorial. Bogotá: Ed. Desde Abajo, p. 219-230.
  • Fanon, F. (2009 [1952]). Piel negra, máscaras blancas. Madrid: Akal.
  • Fanon, F. (2005 [1961]). Os condenados da terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF.
  • Fanon, F. (1974). Dialéctica de la liberación. Buenos Aires: Ediciones Pirata.
  • Freire, P. (2018 [1968]). Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra,
  • Freire, P. (2011 [1974]). Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra.
  • Freire, P. (2011 [1996]). Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
  • Freire, P. (2016 [1992]). Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra.
  • García Ángel, M. (2022). Alimentación y territorio en el municipio de Palenque, Chiapas. Estrategias campesinas frente al régimen alimentario corporativo. Tese (Doctorado en Ciencias en Desarrollo Rural Regional), Universidad Autónoma Chapingo, Dirección de Centros Regionales Universitarios.
  • Giuca, S. (2019). Reinventare un futuro per i piccoli borghi facendo leva sui prodotti agroalimentari tipici e sulle filiere corte. In: Dansero, E. et. al. (Org.). Lo spazio delle politiche locali del cibo: temi, esperienze e prospettive. Torino: CELID, p. 169-178.
  • Gonçalves, C. (2022). Geografias comunitárias no Cariri Cearense: ética, capitalismo e trabalho. Vitória, ES: Cousa.
  • Hidalgo Flor, F. (2015). Contrahegemonía y buen vivir en la fase posneoliberal. In: Hidalgo Flor, F. y Márquez Fernández, A. (Org.). Contrahegemonía y buen vivir. Ciudad de México: Universidad Autónoma Metropolitana - Xochimilco, p. 137-154.
  • Maldonado-Torres, N. (2006). Pensamento crítico desde a subalternidade: os estudos étnicos como ciências descoloniais ou para a transformação das humanidades e das ciências sociais no século XXI. Afro-Ásia, 34, 105-129.
  • Maldonado-Torres, N. (2008). La descolonización y el giro des-colonial. Tabula Rasa, 9, 61-72.
  • Maldonado-Torres, Nn. (2018). Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: Bernardino-Costa, J.; Maldonado-Torres, N.; Grosfoguel, R. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Ed., p. 27-53.
  • Mansilla Quiñones, P. (2018). Geografías del no ser: La zona roja del conflicto mapuche como negación de las ontologías territoriales. In: Núñez, A.; Aliste, E.; Molina, R. (Org.). (Las) Otras Geografías en Chile: Perspectivas sociales y enfoques críticos. Santiago de Chile: LOM Ediciones, p. 277-293.
  • Márquez Fernández, Á. (2015). Crisis hegemónica neoliberal y filosofia contrahegemónica emancipadora. In: Hidalgo Flor, F. e Márquez Fernández, A. (Org.). Contrahegemonía y buen vivir. Ciudad de México: Universidad Autónoma Metropolitana - Xochimilco, p. 63-90.
  • Memmi, A. (2021 [1955-56]). Retrato do colonizado precedido de retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
  • Pelegrina, M. (2020). Cartografia social e uso de mapeamentos participativos na demarcação de terras indígenas: o caso da TI Porto Limoeiro – AM. GEOUSP – Espaço e Tempo, 24(1),136-152. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.138814.
  • Rappaport, J. (2020). Cowards don’t make history: Orlando Fals Borda and the origins of participatory action research. Durham: Duke University Press.
  • Saquet, M. (2007). Abordagens e concepções de território. São Paulo: Expressão Popular.
  • Saquet, M. (2013). Por uma abordagem territorial: continuando a reflexão. In: Saquet, M. (Org.). Estudos territoriais na ciência geográfica. São Paulo: Outras Expressões, p. 47-74.
  • Saquet, M. (2014). Agricultura camponesa e práticas (agro)ecológicas. Abordagem territorial histórico-crítica, relacional e pluridimensional. Mercator, Fortaleza, 13(2)125-143.https://doi.org/10.4215/RM2014.1302.0009
  • Saquet, M. (2015 [2011]). Por uma geografia das territorialidades e das temporalidades: uma concepção multidimensional voltada para a cooperação e para o desenvolvimento territorial. 2ª. Edição; Rio de Janeiro: Editora Consequência.
  • Saquet, M. (2017a). Territorio, clase social y lugar: premisas fundamentales del desarrollo territorial de base local, ecológica y cultural, Pereira – Colômbia. Arquetipo, 15, 39-69. https://doi.org/10.31908/22159444.3675
  • Saquet, M. (2017b). Consciência de classe e de lugar, práxis e desenvolvimento territorial. Rio de Janeiro: Editora Consequência.
  • Saquet, M. (2018a). A perspective of counter-hegemonic analysis and territorial transformation, Geographica Helvetica, 73, 347 - 355. https://doi.org/10.5194/gh-73-347-2018
  • Saquet, M. (2018b). A descoberta do território e outras premissas do desenvolvimento territorial, Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 20(3), 479 - 505. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n3p479
  • Saquet, M. (2019a). Ciência popular e contra-hegemonia no desenvolvimento. In: Cury, M.; Magnani, E.; Carvalho, R. (Org.). Ambiente e território: abordagens e transformações sociais. Londrina, PR: Madrepérola, p. 20-40.
  • Saquet, M. (2019b). Enfoques y concepciones de territorio. Bogotá: Editorial Universidad Distrital Francisco José de Caldas.
  • Saquet, M. (2020). Saber popular, praxis territorial e contra-hegemonía. Ciudad de México: Editorial ITACA.
  • Saquet, M. (2022a). Singularidades: um manifesto a favor da ciência territorial popular feita na práxis descolonial e contra-hegemônica. Rio de Janeiro. Editora Consequência.
  • Saquet, M. (2022b) ¿Territoriología en/de la praxis? Mercator, 21, e21031, 1-13. https://doi.org/10.4215/rm2022.e21031
  • Saquet, M; Dansero, E. e Candiotto, L. (Org.). (2012). Geografia da e para a cooperação ao desenvolvimento territorial: experiências brasileiras e italianas. São Paulo: Outras Expressões.
  • Shiva, V. (2006). Il bene comune della Terra. Milano: Feltrinelli.
  • Silva, L. (2022). Práxis territorial e contra-hegemônica: uma experiência em investigação-ação-participativa no Quilombo Bom Sucesso – Mata Roma-MA. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Geografia.
  • Toledo, V. e Barrera-Bassols, N. (2008). La memoria biocultural: la importancia ecológica de las sabidurías tradicionales. Barcelona: Icaria Editorial.
  • Toro-Mayorga, L. y Dupuits, E. (2021). Coproduciendo el desarrollo territorial: estratégias público-comunitarias por el agua y los alimentos en Imbabura, Ecuador. Eutopía, 19, 157-174. https://doi.org/10.17141/eutopia.19.2021.4634
  • Walsh, C. (2014 [2008]). Interculturalidad y colonialidad del poder. Un pensamiento y posicionamiento otro desde la diferencia colonial. In: Mignolo, W. (Org.). Interculturalidad, descolonización del Estado y del conocimiento. Buenos Aires: Del Signo, p. 17-51.
  • Zemelman, H. (2006 [2003]). Sujeito e sentido. Considerações sobre a vinculação do sujeito ao conhecimento que constrói. In: Sousa Santos, B. (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, p. 457-468.
  • Zemelman, H. (2011 [1989]). Historia y racionalidad en el conocimiento social. In: Zemelman, H. Configuraciones críticas. Pensar epistémico sobre la realidad. México, DF: Siglo XXI/CCREAAMC, p. 79-136.
  • Zemelman, H. (2011 [1998]). En torno a la naturaleza del pensamiento. In: Zemelman, H. Configuraciones críticas. Pensar epistémico sobre la realidad. México, DF: Siglo XXI/CCREAAMC, p. 137-192.
  • Zemelman, H. (2011 [2005]). La premisa de la conciencia histórica. In: Zemelman, H. Configuraciones críticas. Pensar epistémico sobre la realidad. México, DF: Siglo XXI/CCREAAMC, p. 273-290.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.