Pinturas históricas do século XIX e discurso identitário: notas sobre iconograia e ensino de História no Paraná
Resumen
O artigo trata do conceito de tempo histórico proposto em livros didáticos brasileiros no uso pedagógico de pinturas sobre o Brasil do século XIX para tratar com o tema da cultura indígena. A História Cultural norteia a análise que, metodologicamente, relaciona história escolar, memória e cultura visual paraabordara complexaquestão debatida pela historiograia brasileira sobre osusos do passado, da memoria e a forma como a História do Brasil foi escrita e contada, durante muito tempo, pela perspectiva do colonizador nos séculos XIX e XX.No desdobramento da relexão, airma que os desaios didáticos ainda permanentes no ensino de História advêm, diante da necessidade de um ensino problematizadorda predominância de uma concepção de tempo característica da modernidade. Nos resultados aponta a importância de situar a produção dos pintores em seu contexto para a compreensão da leitura que se fez do indígena à época e do sentido de diferençapor eles construído.Conclui que a questão permanece atual nesse ensino, fundamentalmente em países colonizados, e que revestir o debate para além do que éconsiderado civilizado ou não civilizado é essencial para uma aprendizagem histórica signiicativa a respeito das diferenças culturais e, nelas, a temporal.
Palabras clave
Ensino de História, Memória, Livro didático, Tempo, Colonização
Biografía del autor/a
Maria Aparecida Leopoldino
Professora Associada do Departamento de Teoria e Prática da Educação da Universidade Estadual de Maringá. Doutora em Educação, pós-doutoranda em História.
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