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“Os doces sons dos instrumentos infinitos” do Decameron

Resumo

A presença de lexis musical, representações e imagens no Decameron de Boccaccio é um elemento conhecido e recorrente no desenvolvimento da obra, tradicionalmente considerado como um dos elementos decorativos do enredo. Neste artigo tentaremos destacar como esta presença constitui um princípio de coesão interna no texto que contribui para a manutenção da sua estrutura unitária. Com este objectivo em mente, iremos analisar diferentes passos no trabalho de Boccaccio, relacionados com a música, destacando a função estrutural que desenvolvem na narrativa. O resultado destas análises confirma a centralidade que a música adquire no quadro narrativo da obra, onde o projecto literário de Boccaccio e o propósito narrativo dos dez protagonistas são expressos. Finalmente, serão tiradas conclusões sobre a trama musical do Decameron, indicando a sua relevância para uma leitura orgânica do enquadramento literário desta obra.

Palavras-chave

Decameron, Bocaccio, narração, estrutura, música

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Biografia do Autor

Chiara Capuccio

Chiara Cappuccio, professora contratada. Doutora em Literatura Italiana no Departamento de Romance, Estudos Franceses e Italianos e Tradução e Interpretação na Universidad Complutense de Madrid (Espanha). Doutorada em Literatura Italiana e especialista na relação entre literatura românica medieval e música. Membro do Grupo de Investigação Poéticas de la Modernidad: de la Edad Media a José Ángel Valiente, antecedentes e continuadores e do Grupo de Investigação Voces Africanas (GIVA) na Universidad Complutense de Madrid.


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