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“A detonação de um ato que vinha tomando forma”: Modalidade actancial, agência distribuidora y função testemunhal da natureza em La mata (2020) por Eliana Hernández e María Isabel Rueda

Resumo

Este artigo pretende mostrar que em La mata, poema documentário de Eliana Hernández com ilustrações de María Isabel Rueda, a natureza pode ser lida como uma rede de agenciamentos não humanos que, em sua interação com os sujeitos humanos, acaba se perfilando como um actante adjuvante capaz de prever o massacre paramilitar de El Salado. Isso, apelando aos preceitos hermenêuticos e conceituais da virada não humana e, nesse contexto, da ecocrítica materialista. Essa leitura, por sua vez, confirma a agência que a referida rede tem para garantir que o programa poético-narrativo em questão possa ser cumprido. Da mesma forma, o artigo reflete sobre os modos em que Hernández usa o arquétipo fecundativo da terra a partir do corpo e do sangue das vítimas, a fim de tornar o mundo do não-humano uma testemunha da violência, mas também um lugar de memória para os massacrados e sobreviventes.

Palavras-chave

poesía documental, violencia paramilitar, Colômbia, natureza, agenciamento, Eliana Hernández, María Isabel Rueda, La mata

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Biografia do Autor

Juan Esteban Villegas Restrepo

PhD em Literatura pela Universidade de Antioquia. Pesquisador Júnior reconhecido por Minciencias.


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