Letras, IA, bytes e bits: quem escreverá a literatura do futuro? (versão pré-impressão)

Resumo

Hoje em dia, quando perguntamos se será possível que a IA escreva literatura no futuro, uma resposta comum é que as máquinas apenas respondem a algoritmos projetados por humanos, mas não conseguem transmitir emoções nem ser criativas e autênticas, três dos principais requisitos para produzir literatura. No passado, essa resposta parecia lógica; no entanto, dada a velocidade no desenvolvimento da IA, ao ponto de já podermos falar em IA humanizada ou IA geral, especialmente desde 2014, quando a máquina atingiu um marco ao passar no teste de Turing, hoje é razoável nos perguntarmos quem escreverá a literatura do futuro: os seres humanos, as máquinas, ou será que a literatura do futuro será uma criação conjunta entre humanos e máquinas? Esta é a questão que abordamos neste artigo de reflexão, a partir da revisão de diversas fontes, como artigos publicados em revistas científicas, mas também de testemunhos diretos de escritores e críticos colombianos. Embora ainda seja muito forte a tendência de negar a criatividade da IA, as máquinas superinteligentes previstas por John Good parecem cada vez mais próximas de nossa realidade, e com elas viria a “singularidade tecnológica” prevista por este precursor da informática.