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Autoficção e Sobrevivência

Resumo

Pretende-se, neste texto, discutir o conceito de autoficção como pacto ambíguo entre a escritura e a vida, entre a leitura e a sobrevivência de resíduos de identidades. Trata-se de relatos híbridos, ocupando um lugar móvel entre o romance e a autobiografia. Os restos da experiência e da escritura de si exerceriam a função de embaralhar o aspecto referencial da autobiografia e a suposta autonomia da ficção. A análise dos relatos autoficcionais possibilita a caracterização de várias propostas de escritura/leitura, como a compensatória, a autoajuda, a de ocupar o lugar do vazio, de abolir a distância entre arte/vida e de reiterar o paradoxo entre saúde/doença e morte/ sobrevivência

Palavras-chave

autoficção, sobrevivência, pacto ambíguo, leitor

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Biografia do Autor

Eneida María de Souza

Professora emérita da Faculdade de Letras da UFMG. Professora de Titular de Teoria da Literatura, Doutora em Literatura Comparada. Pesquisadora 1A do CNPq. Coautora com Marília Cardoso de Modernidade toda prosa; Autora de Janelas indiscretas – Ensaios de crítica biográfica; Tempo de pós-crítica; A pedra mágica do discurso (sobre Macunaíma); O século de Borges; Crítica cult; Pedro Nava, o risco da memória.


Referências

  1. Alberca, Manuel. (2008) Le pacte ambigu ou l ´autofiction espagnole. In: Burgelin, C. Grell, I.; Roche, R.Y. (Dir.). Autofiction(s). Colloque de Cerisy. Lyon : Presses Universitaires de Lyon.
  2. Bogaert, Sophie. (2008) Marguerite Duras ou comment l’écrivain tue la femme. In: Burgelin, C. Grell, I.; Roche, R.Y. (Dir.). Autofiction(s). Colloque de Cerisy. Lyon: Presses Universitaires de Lyon.
  3. Didi-Huberman, Georges. (2013) A imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto.
  4. Forest, Philippe. (2007) Le roman, le réel et autres essais. Nantes, Éditions Cécile Defaut.
  5. Molloy, Sylvia. (2011) Desarticulaciones. Buenos Aires: Eterna Cadencia Editora.
  6. Rancière, Jacques. (2005) A partilha do sensível. Estética e política. Trad. de Monica Costa Netto. São Paulo: EXO /Experimental, Editora 34.
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  8. Warburg, Aby. (2013) A renovação da Antiguidade pagã. Trad. de Marcus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto/Museu de Arte do Rio, 447.

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