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Autoficção e Sobrevivência

Resumo

Pretende-se, neste texto, discutir o conceito de autoficção como pacto ambíguo entre a escritura e a vida, entre a leitura e a sobrevivência de resíduos de identidades. Trata-se de relatos híbridos, ocupando um lugar móvel entre o romance e a autobiografia. Os restos da experiência e da escritura de si exerceriam a função de embaralhar o aspecto referencial da autobiografia e a suposta autonomia da ficção. A análise dos relatos autoficcionais possibilita a caracterização de várias propostas de escritura/leitura, como a compensatória, a autoajuda, a de ocupar o lugar do vazio, de abolir a distância entre arte/vida e de reiterar o paradoxo entre saúde/doença e morte/ sobrevivência

Palavras-chave

autoficção, sobrevivência, pacto ambíguo, leitor

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Biografia do Autor

Eneida María de Souza

Professora emérita da Faculdade de Letras da UFMG. Professora de Titular de Teoria da Literatura, Doutora em Literatura Comparada. Pesquisadora 1A do CNPq. Coautora com Marília Cardoso de Modernidade toda prosa; Autora de Janelas indiscretas – Ensaios de crítica biográfica; Tempo de pós-crítica; A pedra mágica do discurso (sobre Macunaíma); O século de Borges; Crítica cult; Pedro Nava, o risco da memória.


Referências

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