Firmes nos movimentos estudantis latino-americanos: aproximação a partir do caso chileno de 2011

Resumo

No seguinte artigo se identificam uma série de similitudes, tanto formais como substanciais, entre os principais movimentos estudantis ocorridos na América Latina nos últimos cem anos: o chileno de 2011, o mexicano de 1968, o brasileiro de 1968 e o argentino de 1918. Este objetivo foi alcançado se utilizando como coluna vertebral do trabalho a descrição dos traços fundamentais das demandas e dos sucessos do movimento chileno de 2011, os quais vêm sendo contrastados, imediatamente, com o ocorrido nos outros três movimentos considerados. Um exercício que, apesar de ser original, uma vez que a maioria dos estudos dedicados a este tipo de fenômenos se circunscrevem a casos nacionais, vê incrementada sua importância ao constatar que em 2018 se comemorariam simultaneamente varias datas significativas dentro dessa matéria, celebrações nas quais serão muito bem recebidas interpretações integradoras com as que aqui se apresentam. É necessário enfatizar que, metodologicamente, o artigo se sustenta num processo sistemático de análise de conteúdo, esforço que foi facilitado por um programa computacional afim, onde se incluíram os textos chave que analisam cada um destes movimentos. Estratégia que permitiu concluir, efetivamente, que estes movimentos possuem um conjunto de características compartilhadas como, por exemplo, os que usaram repertórios similares de ação ou que evidenciam uma clara preocupação por assuntos extra-universtários