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Bases bibliográficas e conceituais para o estudo da história da escola moderna de São Paulo (1912-1940)

Agências de fomento
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq).

Resumo

Objetivo: O manuscrito se preocupa em apresentar algumas informações bibliográficas e subsídios teóricos elementares com o intuito de contribuir com a construção do conhecimento histórico da práxis pedagógicas da Escola Moderna de São Paulo, experiência do movimento anarquista brasileiro que se desenvolveu, na cidade brasileira de São Paulo (SP), na primeira metade do século XX.

Originalidade/contribuição: A pedagogia libertária, que deitou suas raízes no socialismo e no anarquismo europeus, teve impactos no Brasil com a presença de imigrantes estrangeiros, no entanto, o seu desenvolvimento histórico contou com a militância de brasileiros ou estrangeiros radicados no país.

Método: Metodologicamente procuramos empreender o resgate bibliográfico sistemático das obras dos pensadores libertários clássicos e daqueles autores que, na contemporaneidade, procuram analisar e refletir sobre o papel da pedagogia libertária.

Estratégias/coleta de dados: A revisão bibliográfica crítica e sistemática nos permitiu localizar os matizes da ação e do pensamento libertário que se manifestou educacionalmente, observando os princípios anarquistas, dentre os quais o internacionalismo e o levantamento de informações sobre os caminhos históricos percorridos pelo movimento operário brasileiro, desde a realização do Primeiro Congresso Brasileiro, de 1906, até os intentos da implantação de escolas operárias, livres ou racionalistas, em geral, desde o fim do século XIX e, em particular, no início do século XX.

Conclusões: O contexto histórico da época do surgimento da Escola Moderna n.º 1, criada pelos anarquistas como modelo e que teve à frente João Penteado, professor anarquista oriundo do interior paulistano a experiência paulista é significativo, já que neste período temos os registros da Escola Moderna n.º 1, criada como protótipo pelos anarquistas nos anos iniciais da década de 1910, em busca de uma alternativa proletária às dificuldades políticas, econômicas e sociais que haveria de perdurar por muitos anos, não sem revezes, refluxos e mudanças em designíos educacionais e pedagógicos.

 

Palavras-chave

anarquismo, escola libertária, Escola Moderna de São Paulo, história da educação, João Penteado


Biografia do Autor

Carlos Bauer

é licenciado e bacharel em História, pela Faculdade de Ciências Sociais, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ? PUC-SP (1985), mestre (1992) e doutor (2001) em História, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ? FFLCH, da Universidade de São Paulo ? USP, realizou os estudos de pós-doutoramento, em História da Educação, na Faculdade de Educação ? FE, da Universidade Estadual de Campinas ? UNICAMP (2005).

Professor Marcelo

Educador e coordenador pedagógico em escola pública, doutor em Ciências Sociais, tem mais de 17 anos de experiência na educação básica, pedagogia social e ensino superior, atuando nas áreas da história, ciências sociais e formação de professores. É autor, entre outros, de História e resistência da educação libertária no Brasil (Amazon, 2021).


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