Os estudos de caso: ensino das matemáticas numa escola de administração
Resumo
Nosso objetivo é mostrar o processo de organização de ensino de três professores de matemática numa instituição universitária de administração, baseada na criação coletiva de estudos de caso. O método dialético contribuiu com elementos para compreender esse processo. A partir do trabalho coletivo, os professores criaram um caso de oferta e demanda e apresentaram um conhecimento matemático para contribuir com a análise e solução de problemas de negócios. O fundamento teórico da pesquisa é a teoria histórico-cultural. Nesta perspectiva falamos sobre a organização do ensino como objeto da atividade do professor, e de estudos de caso como metodologia de ensino. Os instrumentos de produção de registro e os dados utilizados foram: mapas de casos, entrevistas semiestruturadas, áudios, vídeos, ideogramas e mapas conceituais. Analisamos que o processo de escrita por parte dos professores esteve permeado pela intenção de criar sua própria maneira de mostrar o conhecimento matemático, a partir de suas próprias necessidades, experiências e saberes.
Palavras-chave
formação de professores, ensino das matemáticas, dialética, oferta e demanda, formação de administradores
Referências
Almeida, M. (2012). Desenvolvimento profissional dos docentes do ensino superior. Contributos para a compreensão do desenvolvimento profissional dos docentes que atuam na formação inicial de professores (Tesis doctoral inédita, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal).
Almeida, M., & Pimenta, S. (2014). Pedagogia universitária – Valorizando o ensino e a docência na universidade. Revista Portuguesa de Educação, 27(2), 7-31.
Araujo, E. (2003). Da formação e do formar-se. A atividade de aprendizagem docente em uma escola pública (Tesis doctoral inédita, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil).
Arias, F., Betancourt, J., Garcés, L., Echeverri, C., & Quirama, U. (2017). Casos de enseñanza como estrategia pedagógica en programas empresariales. Civilizar Ciencias Sociales y Humanas, 17(33), 243-256. https://doi.org/10.22518/usergioa/jour/ccsh/2017.2/a14
Asbahr, F. (2011). Por que aprender isso, professora? Sentido pessoal e atividade de estudo na
Psicologia histórico-cultural (Tesis doctoral no publicada, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil).
Caballero, K., & Bolívar, A. (2015). El profesorado universitario como docente: hacia una identidad profesional que integre docencia e investigación. REDU. Revista universitaria de educación, 13(1), 57-77.
Cadavid, L. (2017). Constitución de la subjetividad del sujeto maestro que enseña matemáticas, desde y para la actividad pedagógica (Tesis doctoral inédita, Universidad de Antioquia, Medellín, Colombia).
Campos, V., Dias, M., & Silva, A. (2016). Constitução da identidade profissional docente e as ações formativas na universidade federal de Uberlândia-MG. XIII Seminário Nacional O Uno e o Diverso na Educação Escolar e XVI Semana da Pedagogia (pp. 2588-2604). Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia.
Cedro, W. (2016). Changing teachers’ mathematical knowledge during their teaching activity. RIPEM, 6(2), 89-110.
Dolan, R. (2002). Eastman Kodak Company: Funtime Film (Caso HBS 9-594-111). Boston: Harvard Business School.
Ellet, W. (2007). The case study handbook. How to read, discuss, and write persuasively about cases. Boston, Estados Unidos: Harvard Business Review Press.
Ellet, W. (2008). The case study handbook. A student’s guide. Boston, Estados Unidos: Harvard Business Review Press.
Fiorentini, D., & Miorim, A. (2001). Pesquisar & escrever também é preciso: a trajetória de um grupo de professores de matemática. En D. Fiorentini, & A. Miorim (Eds.), Por trás da porta, que matemática acontece? (pp. 17-44). São Paulo, Brasil: Cempem.
Fiorentini, D., Souza, A., & Melo, G. (2000). Saberes docentes: um desafio para acadêmicos e práticos. En C. Geraldi, D. Fiorentini, & E. Pereira (Eds.). Cartografías do trabalho docente (pp. 307-335). São Paulo, Brasil: Mercado de letras.
Grillo, M. (2000). O lugar da reflexão na construção do conhecimento profissional. En M. Morosini, Professor de ensino superior. Identidade, docência e formação (pp. 75-80). Brasília, Brasil: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Imbernón, F. (1994). La formación y el desarrollo profesional del profesorado. Hacia una nueva cultura profesional. Barcelona: Graó.
Jaramillo, D. (2003). (Re)constituição do ideário de futuros professores de Matemática num contexto de investigação sobre a prática pedagógica (Tesis doctoral inédita, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil).
Jiménez, A. (2005). Formación de profesores de matemática: aprendizajes recíprocos escuela universidad. Tunja, Colombia: Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia.
Kopnin, P. (1966). Lógica dialéctica. México, D. F.: Editoral Grijalbo S. A.
Leontiev, A. (1988). Uma contribuição à Teoria do desenvolvimento da Psique infantil. En L. Vygotski, A. Luria, & A. Leontiev. (Eds.), Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem (pp. 59-83). São Paulo, Brasil: Ícone.
Leontiev, A. (2004). O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo, Brasil: Centauro Editora.
Mazo, D. (2011). Lideramos la educación virtual en Colombia. Lecciones aprendidas. Bogotá, Colombia: Comunicaciones & Publicidad.
Migueis, M. (2010). A formação como actividade de aprendizagem docente (Tesis doctoral inédita, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal).
Monereo, C., & Domínguez, C. (2014). La identidad docente de los profesores universitarios competentes. Educación XXI, 17(2), 83-104. https://doi.org/10.5944/educxx1.17.2.11480
Moretti, V. & Moura, M. (2010). O sentido em movimento na formação de professores de matemática. Zetetiké, 18(34), 155-180. https://doi.org/10.20396/zet.v18i34.8646682
Moretti, V. (2007). Professores de matemática em atividade de ensino. Uma perspectiva histórico-cultural para a formação docente (Tesis doctoral inédita, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil).
Moretti, V., Martins, E., & Souza, F. (2016). Dialectical and historical method, culturalhistorical theory and education: some appropriation in research on education of teachers who teach mathematics. RIPEM, 6(2), 54-72.
Morosini, M. (2000). Docência universitária e os desafios da realidade nacional. En M. Morosini, Professor do ensino superior: identidade, docência e formação (pp. 11-20). Brasilia, Brasil: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Moscoso, F., & Hernández, A. (2015). La formación pedagógica del docente universitario: un reto del mundo contemporáneo. Revista Cubana de Educación Superior, (3), 140-154.
Moura, M. (2001). A atividade de ensino como ação formadora. En A. Castro, & A. Carvalho (Orgs.), Ensinar a ensinar: didática para a escola (pp. 142-161). São Paulo: Editora Pioneira.
Polettini, A. (2000). Mathematics teaching life histories in the study of teachers’ perceptions of change. Teaching and Teacher Education, 16, 765-783. https://doi.org/10.1016/S0742-051X(00)00024-X
Puchol, L. (2005). Nuevos casos en dirección y gestión de recursos humanos 25 casos de recursos humanos acompañados de las soluciones propuestas por sus autores. Madrid: Díaz de Santos.
Radford, L. (2016a). On alienation in the mathematics classroom. International Journal of Educational Research, 79, 258-266. https://doi.org/10.1016/j.ijer.2016.04.001
Radford, L. (2016b). The theory of objectification and its place among sociocultural research in mathematics education. RIPEM, 6(2), 187-206.
Rave, E., & Franco, J. (2011). Casos empresariales colombianos. Decisiones gerenciales ante momentos de crisis. Sabaneta, Colombia: Ceipa Business School.
Rigon, A., Asbahr, F., & Moretti, V. (2010). Sobre o processo de humanização. En M. Moura (Ed.), A atividade pedagógica na teoria histórico-cultural (pp. 13-44). São Paulo, Brasil: Liber Livro.
Rosental, M., & Straks, G. (1960). Categorías del materialismo dialéctico. México D.F.: Grijalbo.
Salas-Madriz, F. (2016). Aportes del modelo de Yrjö Engeström al desarrollo teórico de la docencia universitaria. Revista Educación, 40(2), 1-22.
Silva, V., & Davis, C. (2016). Contribuições metodológicas para a análise dos sentidos em um estudo sobre atividade docente. Educação e Pesquisa, 42(1), 39-51. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201603125797
Stößlein, A., & Kanet, J. (2016). Undergraduate research experiences: Identifying lessons learned and challenges for business schools. The International Journal of Management Education, 14, 349-367. https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.07.004
Vasconcellos, M., & Sordi, M. (2016). Formar professores universitários: tarefa (im) possível?. Interface. Comunicacão, saúde, educacão, 20(57), 403-414. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0450
Vygotski, L. (2001). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Vygotski, L. (2009). El desarrollo de los procesos psicológicos superiores (2ª ed.). Barcelona, España: Crítica.
Walker, V. (2015). Aportes teóricos para pensar el trabajo docente en la universidad. Revista electrónica Actualidades investigativas en educación, 15(1), 1-20. http://dx.doi.org/10.15517/aie.v15i1.16964
Wassermann, S. (1994). El estudio de casos como método de enseñanza. Buenos Aires, Argentina: Amorrortu Editores.