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A crise escolar e a análise antropotécnica: o olhar de Sloterdijk sobre a educação

Resumo

Não sendo Sloterdijk propriamente um filósofo da educação, as suas obras deixam um conjunto de reptos para a análise crítica da escola e dos modelos educativos que temos. O presente artigo pretende contribuir para essa reflexão. As questões que dão que pensar e que servem de motivo ao presente texto partem da crítica ao formato educacional atual e histórico, que está associado ao processo de “domesticação” como propósito escolar, ao seu significado enquanto tecnologia de produção do humano — antropotecnologias —, à associação educação-humanismo e à sua falência, ao que pode significar a dimensão prática da aprendizagem como técnica de exercício e ao impasse em que a escolarização hoje se encontra. Recorre-se fundamentalmente a dois dos textos de Sloterdijk com maior impacto no universo da educação e da pedagogia: Regras para o Parque Humano e Tens de Mudar de Vida, embora outros textos de outros filósofos serão referidos. As ideias de uma vida de exercícios, com um pendor prático, mas sem perder a dimensão de progresso pessoal espiritual, podem ser algumas das saídas para a atual crise na educação.

Palavras-chave

Sloterdijk, filosofia da educação, crise na educação, antropotécnica, exercício

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