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Estratégias para o governo de crianças e jovens desvalidos no Brasil (1865-1905)

Resumo

Este artigo discutiu as estratégias de governo de crianças e jovens desvalidos por meio da análise de duas instituições públicas de proteção e profissionalização à esse grupo social. Tomou-se como referência a presença estatal na organização e manutenção da Companhia de Aprendizes Marinheiros de Sergipe e do Asilo de Meninos Desvalidos localizado na cidade do Rio de Janeiro. Nesse sentido, foram destacadas as práticas da emergência do assistencialismo público e, portanto, o protagonismo do Estado brasileiro na formação de crianças pobres, tanto para os quadros militares quanto para os postos de trabalho nos setores da sociedade civil. Para viabilizar a investigação foi constituída uma série documental composta por relatórios de ministros; normas e regulamentos das instituições em exame. A investigação ancorou-se nas noções de civilização, e Estado protetor/providência. A análise da intercessão existente entre essas duas instituições possibilitou compreender a heterogeneidade de um modo peculiar de organização da assistência pela profissionalização, ou seja, estabelecimentos civis e militares, que acumularam as funções de asilo e de educação escolar profissionalizante para além da escola regular

Palavras-chave

assistência social, educação profissional, história da infância

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Biografia do Autor

Maria Zélia Maia Souza

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO (2008). Doutorado em Educação (Conceito CAPES 7) pela Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG (2013). Professora substituta da Faculdade Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007-2009 e 2010-2015). Pesquisadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em História da Educação (NEPHE/UERJ) e do HIMEB - História e Memória da Educação Brasileira, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Membro da Sociedade Brasileira de História d Educação (SBHE). Desenvolve pesquisas em História da Educação nos seguintes temas: infância, adolescência, políticas públicas, instituições educacionais.

Solyane Silveira Lima

Doutora em Educação


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