Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Educação pública em tempos pandêmico-neoliberais: O papel intelectual-formativo do diretor escolar

Resumo

O artigo trata do quanto o nexo entre o avanço do empreendedorismo individualista e a irrupção da pandemia contribui decisivamente para acentuar o perfil burocrático-administrativo do diretor escolar, pressionando-o para abdicar de seu papel intelectual-formativo, em nome de funções burocrático-administrativas, esvaziadas de seu sentido cultural. Neste contexto, defende a hipótese de que o esclarecimento desse papel intelectual-formativo implica o diálogo crítico com a tradição pedagógica clássica, especialmente, com a noção de formação humana compreendida como preparação, oriunda do sentido greco-latino antigo. Também mostra como desse diálogo brota a dimensão ético-política indispensável para tornar democrático-participativo o modo de governo exercido pelo diretor escolar.

Palavras-chave

covid-19, educação pública, diretor escolar, formação, preparação

PDF EPUB HTML XML

Referências

  1. Dalbosco, C. A. (2017). Formação humana como prática de si: a figura do mestre. In: Trevisan, A. L.; Tomazetti, E. M.; Rossatto, N. D. (Orgs.). Filosofia e educação: ética, biopolítica e barbárie. Curutiba: Appris Editora, p. 287-307.
  2. Dalbosco, C. A. (2020a). A filosofia, a escola e o experimentum formativo: a libertas como cultivo da soberba inflamada. In S. Gallo, & S. Mendonça (Orgs.). A escola: uma questão pública. São Paulo, SP: Parábola.
  3. Dalbosco, C. A. (2020b). Violência humana e o papel do ócio estudioso. In: Trevisan, A. L.; Tomazetti, E. M.; Rossatto, N. D. (Orgs.). Filosofia e Educação. Escola, violência e ética. Curitiba: Appris.
  4. Dalbosco, C. A. (2021). Educação e condição humana na sociedade atual. Formação humana, formas de reconhecimento e intersubjetividade de grupo. Curitiba: Appris Editora.
  5. Dalbosco, C. A.; Filho, F. C. dos Santos; Cezar, L. (2022). O. Desamparo humano e solidariedade formativa: crítica à perversidade neoliberal. Educação & Sociedade, 43 (e244449). https://doi.org/10.1590/ES.244449 DOI: https://doi.org/10.1590/es.244449
  6. Dardot, P. & Laval, C. (2016). A nova razão do mundo. Ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boi Tempo.
  7. Dowbor, L. (2018). A era do capital improdutivo: a nova arquitetura do poder, sob dominação financeira, sequestro da democracia e destruição do planeta. São Paulo: Companhia das Letras.
  8. Foucault, M. (2004). A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes.
  9. Foucault, M. (2022). Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes.
  10. Laval, C. (2004). A escola não é uma empresa. O neoliberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Editora Planta.
  11. Liessmann, K. P. (2011). Theorie der Unbildung. Die Irrtümer der Wissensgesellschaft. München/Zürich.
  12. Koch, L. (2012). Wissen und Kompetenz. In: Vierteljahrschrift für wissenschaftliche Pädagogik, H. 1, S. 454-463. DOI: https://doi.org/10.30965/25890581-08803008
  13. Masschelein, J. & Maarten, S. (2018). Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Editora Autêntica.
  14. Nussbaum, M. (2015). Sem fins lucrativos. Por que a democracia precisa das humanidades. São Paulo: Martins Fontes.
  15. Santos, B.S. (202). A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.