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Mito e pedagogia

Resumo

Nestas primeiras décadas do século XXI pôr em relação os vocábulos «mito» e «pedagogia» não é nenhum desproposito, especialmente quando se parte da base que o mito fundamentalmente é narração em ocorrência. Tem de salientar-se o fato que, desde o nascimento até a morte, o narrar é –deveria ser– um fator constituinte em todas as etapas pelas que cruza a progressiva e não sempre exitosa edificação do ser humano neste mundo. Embora dispuser dos sentidos corporais e dos atributos inerentes à condição humana, sem narração não tem possibilidade que o homem ou a mulher, concretos, atinjam em plenitude o estatuto de humanos. Aquele consiste sobre tudo na capacidade de se encorajar em falar a se mesmo e de construir e encorajar a realidade a partir das linguagens que lhe são transmitidas pelas que se designam com a expressão «estruturas de acolhida» (co - descendência, co – residência, co – transcendência e co – mediação), cuja missão fundamental consiste em erecer linguagens ao ser humano em todas as estações do seu percurso biográfico desde o nascimento até a morte.

Palavras-chave

pedagoga, mito, cultura, linguagem coletivo.

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Referências

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