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Educação e crises contemporâneas

Resumo

Algumas tendências na educação que ganharam impulso nos séculos XX e XXI proclamam a independência da criança do trabalho árduo e das exigências do adulto. Exige-se o respeito pela independência do mundo da criança e, ao mesmo tempo, distancia-se essa esfera - ou tenta-se separá-la - do mundo adulto. Um exemplo, no campo da filosofia da educação, pode ser encontrado em Alain, um filósofo francês que, nas primeiras décadas do século XX, lançou a ideia da existência de um "povo infantil" que teria seu lugar de negociação com o "povo adulto" nas escolas. Entretanto, segundo Arendt, que na década de 1950 já percebia as consequências desse distanciamento, a ruptura da relação entre adulto e criança acaba lançando esta última em uma tirania maior do que a inicialmente temida. Fugindo da tirania do adulto, a criança cai na tirania do grupo. A criança é então condenada à tirania das massas devido à falta de julgamento e de uma voz própria para poder decidir e se pronunciar.

Palavras-chave

educação, crise, pesquisa

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Referências

  1. Cirlot, J. (1992). Diccionario de símbolos. Labor.
  2. Meirieu, P. (2010). Frankenstein educador. Laertes.
  3. Rubio, D., & Heredia, M. (2023). ¿En qué consiste la crisis de la educación?. Praxis & Saber, 14(38), e15105. https://doi.org/10.19053/22160159.v14.n38.2023.15105 DOI: https://doi.org/10.19053/22160159.v14.n38.2023.15105
  4. Skliar, C. (2012). Educar a cualquiera y a cada uno. La convivencia entre “otros”. Revista IRICE, 24.

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